quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Desafio

Desafio CIDADES/ Florianópolis - SC - Brasil

Este foi um desafio da XANA e tem as seguintes regras:
1. Escolher o nome da cidade, actual ou da antiguidade, cujo nome ache o mais bonito entre todos os nomes de cidade que você conhece.
2. Postar uma foto dessa cidade
3. Escrever algo, ou alguma referencia sobre a cidade escolhida.
4. Indicar três pessoas para fazerem a mesma coisa.
Florianópolis:
Chamada de ILHA DA MAGIA, essa cidade é a capital de Santa Catarina, e fica ao sul do Brasil.
Já estive lá várias vezes: a passeio, a trabalho.. de passagem.. e no último reveillon passei a virada lá. Bem pertinho da Ponte Hercílio Luz (da foto).
Para quem gosta de praia, esse é um ótimo lugar para se visitar.
Passo o desafio para :


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Link me !!!


Agora você pode deixar o link de CARTAS AO AVESSO no seu blog.
Olhe no menu da direita e cole o código abaixo de LINK ME nas edições Html do seu blog.
Fico grata pelo carinho e comentários de amigos que passam por aqui.
Beijos
Beatriz

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Discussão: Escritores precisam de aplauso?

Texto de Isabel Furini:
TRIBOS URBANAS: OS ESCRITORES
"(...)Essa tribo urbana, cujo crescimento exagerado está chamando a atenção dos sociólogos, está sempre em pé de guerra. Nenhum escritor suporta outro escritor.

Diversos tipos compõem essa tribo: bipolares, paranóicos, aolcoólatras, sonhadores, obsessivos, compulsivos, vampiros, lobisomens e alguns canibais ainda não identificados. E se alguém normal entra na tribo, é considerado intruso.

No estandarte dessa tribo podemos ver um pavão. O pavão gosta de mostrar sua cauda irisada e os escritores - sejam contistas, romancistas, poetas, cronistas e outros - estão sempre tentando dar destaque a seus trabalhos. Nas festas de aniversários, casamentos e até em velórios, só falam do que acabaram de escrever. Quando participam de um
concurso e não são vencedores, esbravejam: - Meu trabalho era o melhor. E eu não
ganhei nem uma Menção Honrosa?!!!

A vaidade é a marca registrada da tribo. E se um colega se destaca? Então é guerra!.. O escritor pega facas, adagas, espingarda ou metralhadora, o que tiver a seu alcance, e parte para a luta. Começa sorrateiramente. Primeiro procura criar dúvidas sobre a capacidade do outro escritor. (Ah!.. Nem vale a pena ler. Seus textos são tão superficiais!.. Ele estã vendendo bem, mas não é bom escritor, não. É produto da mídia).

O problema é que ninguém escolhe ser escritor. Escrever ou é fase - como acne em rosto de adolescente - ou é destino. E se é seu destino meu amigo, desculpe dizer isto, mas você está literalmente ferrado. Escritor precisa de aplausos, de reconhecimento... Por que? Porque o escritor se expõe. Sempre! E sente medo. Sempre!

Coitado do escritor! Quando ignorado, sofre. Proclama sua genialidade em público, mas na solidão surge a dúvida. E se não for capaz de criar uma verdadeira obra de arte?..

Reconhecido pela crítica sabe que não pode errar. Escritor que erra é castigado com o chicote de Átila, o Huno. E quem não tem medo do chicote de Átila? E o chicote não é só propriedade da tribo dos críticos, não! É também utilizado com destreza por parentes, amgios duvidosos, vizinhos, colegas de trabalho e outras pessoa sque não suportam o
êxito alheio e estão sempre esperando o momento oportuno para dar uma chicoteada (ou um pé-na-bunda) em escritor que tem a coragem de mostrar sua obra.

Então, se o destino colocou você na tribo dos escritores... fazer o quê? Coragem, meu amigo, coragem!..
Fonte: OVERMUNDO
Agora vamos a discussão: Será realmente que todo escritor necessita de aplauso? Ou será que escreve porque sua alma precisa disso e por consequencia recebe elogios (que também são bem vindos).
Deixe sua opinião:

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Insônia: a visita indesejada

03:00 Sábado

Como lidar com insônia?

Ler
Massagear o pé
Comer
Escrever no diário antigo
Rever suas metas de vida
Ler
Andar pela casa
Tomar remédio para dormir
Rascunhar poemas
Ir para internet
Atualizar blog
Organizar gavetas
Tomar banho
Provar roupas
Pentear os cabelos
Deitar e dormir

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Cantigas infantis:as crianças mudaram!

CONVERSA DE 2 CRIANÇAS:

- E aí, véio?
- Beleza, cara?
- Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.
- Quer conversar sobre isso?
- É a minha mãe. Sei lá,ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?
- Como assim?
- Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de
Cuca ia vir me pegar.
Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?
- Nunca.
- Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?
- Sabe a sua vizinha ali da casa amarela? Minha mãe diz que ela tem uma hortinha no fundo do quintal. Planta vários legumes. Será que sua mãe não quis dizer que seu pai deu um pulo por lá?
- Hmmmm. pode ser. Mas o que será que ele foi fazer lá? VIXE! Será que meu pai tem um caso com a vizinha?

- Como assim, véio?
- Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear. Então ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!

- Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.
- Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.
- Tipo o quê?
- Ela me contou um dia desses que pegou um
pau e atirou em um gato.
Assim, do nada. Puta maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!
- Caramba! Mas por que ela fez isso?
- Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.
- Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.
- E sabe a Francisca ali da esquina?
- A Dona Chica? Sei sim.
- Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá,
paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.
- Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.
- Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe, né? Ela me
contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.

- Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.
- Mas é ruim saber que o casamento deles é essa zona, né? Que meu pai sai com a vizinha e tal. Apesar que eu acho que ele também leva uns chifres, sabe? Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de 'Anjo'. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele pode passar desfilando e tal.

- Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo.

- É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo veio me falar que a vizinha cria perereca em gaiola, cara. Vê se pode? Só tem louco nessa rua.

- Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?

- Putz, é mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Não sabemos discutir


Não sabemos discutir.
Essa é a conclusão que cheguei após ver tantos aspectos polêmicos em pauta na sociedade e tantos desvios do assunto como vemos nos meios de comunicação.
E é uma questão de argumentação. Começamos com um ponto e vamos parar do outro lado do mundo.
Por exemplo, aqui em minha cidade, esta em discussão a diminuição da maioridade penal em função de crimes praticados por menores recentemente.
O problema é que iniciam a conversa falando dos menores, e desviam para as drogas, a família, o governo, a tia do vizinho da prima e o que estávamos falando mesmo?
Não se vai a fundo. Não se discutem os projetos em andamento.. trâmites legais, as possíveis consequencias, etc. Isso porque não sabemos discutir com coerência, não focamos o discurso em um ponto somente.






terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Mar

Aproveitando que hoje estão falando nas divindades do mar...queria deixar a minha impressão sobre ele..
De frente para o mar, me sinto mais gente. Como parte desse planeta imenso.
A ideia de pertencer ao mundo!
Areia, mar, eu

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Para aqueles que não estão...


30 de Janeiro - Dia da Saudade
O dia daqueles que não estão ao nosso lado, mas deixam saudades...
Aos que se foram, aos que estão longe, aos que foram embora...

A literatura infantil

Foto de NACIVET


Nas visitas aos meus sites interessantes (na lista ali do lado), achei um artigo muito rico sobre a leitura. O artigo completo está no site DOBRAS DA LEITURA:

A especificidade da literatura infantilcomo instrumento de estímulo ao desenvolvimento da linguagem, de Amelia Fernandes Cândido (professora e psicopedagogamestre em Letras -USP)


"A interpretação de um texto literário pode ser feita de forma superficial — uma compreensão em seu sentido literal — ou de forma mais profunda. Esta última compreende capacidade de estabelecer relações entre texto e experiências de vida do leitor ou do contexto histórico, percepção do processo utilizado pelo narrador para expor pontos de vista, capacidade em perceber idéias e valores transmitidos, procura de significados latentes ou implícitos etc.

A literatura infantil estimula vários sentidos: seu estilo singular pode mostrar à criança uma nova gramática da comunicação sem regras muito fixas unindo, dessa forma, o verbal, o imagético e o sensorial. Quando começa a perceber uma relação entre imagem real, imagem representada e texto escrito, a criança começa a estabelecer associações e comparações com textos-vida: inicia-se um processo de plurissignificação de sentidos. O leitor descobre que é capaz de interpretar textos. Abre-se a diversas modalidades de discurso e percebe os recursos estilísticos utilizados pelo ilustrador e pelo autor. Consegue estabelecer uma relação entre as experiências prévias com o que está aprendendo e sentindo no momento. Torna-se não só um novo leitor, mas também um novo produtor de textos. O acesso a diferentes linguagens pode proporcionar um conhecimento da própria identidade. A consciência de nós mesmos depende não só da percepção das nossas sensações e da observação de nossas experiências pessoais mas, principalmente, da percepção do outro.

A compreensão de uma obra de arte literária pode envolver aptidão mas envolve, principalmente, desejos, pesquisas, análises, comparações e reflexões. A profundidade de leitura depende mais do preparo e da sensibilidade despertada no leitor do que de seu desenvolvimento intelectual.
A literatura infantil apresenta um discurso fértil, carregado de figuras de linguagem e de pensamento, de diferentes recursos estilísticos, de marcações temporais e espaciais. Especula os efeitos da pontuação e da vinculação do texto com a ilustração. É menos racional e mais criativa. Muitas obras resgatam aspectos históricos. Outras discutem ética, cidadania e a necessidade de harmonização do homem com o meio ambiente. Muitas são carregadas de pensamentos filosóficos que permitem reflexão crítica e conscientização, um repensar nos valores de vida. Outras podem servir de alavanca para textos mais complexos, o que permite comparações e análises em suas diferenças e similaridades.

Este aparato instrumental — a diversificação contida nesse gênero literário — trabalhado através de atividades de exploração, consegue tornar o leitor mais atencioso e observador das entrelinhas. Desperta a vontade de investigar, de descobrir, de pensar, de levantar hipóteses, de questionar, de debater, de argumentar. Facilita levá-lo a ser explorador das leituras: um espeleólogo das letras.
A literatura infantil pode ser um elemento facilitador na recuperação ou desenvolvimento do prazer de ler. O prazer em ler pode vir principalmente quando sentimos que estamos desvendando um segredo. Ao descobrirmos um dos fios, entre os muitos presentes, não resistimos à vontade de entrar no jogo e brincar. Daí, o fio cheio de nós e emendas que envolve nosso corpo, nossa mente, nossa alma. Ficamos presos na teia. Somos seduzidos... Não queremos mais sair dela.

A literatura infantil pode ser um elemento facilitador para uma instigação de sentidos que auxilie no desenvolvimento emocional e cognitivo da criança. A ludicidade presente nessa literatura pode quebrar de imediato alguns obstáculos que impedem a aprendizagem. A linguagem simbólica pode auxiliar a criança a lidar melhor com sua insegurança e auto-estima; os recursos visuais e grafotipográficos podem favorecer ao estímulo da percepção sensorial; as análises do processo de formação da estrutura do texto narrativo e do texto imagético podem ajudar a desenvolver a sensibilidade para uma compreensão semântica mais profunda. A tríplice convergência entre as linguagens verbal, visual e simbólica pode auxiliar o leitor a desenvolver a capacidade de leitura e de interpretação. Pode levá-lo a aplicar esse novo conhecimento na produção de seus textos.
Pode ajudá-lo a enxergar ... mais além.

É fundamental que as universidades incluam no currículo das Faculdades de Educação, a disciplina Literatura Infantil, proporcionando não só um conhecimento da história da literatura infantil, mas principalmente das estruturas emocionais e cognitivas que podem ser despertadas, além de estímulo ao desenvolvimento de diversas possibilidades de práticas pedagógicas.
Literatura é arte. Literatura Infantil é arte-educação. É preciso perceber e compreender as possibilidades de se trabalhar com esse novo objeto, cuja importância para a formação da criança cresce dia a dia. É imprescindível criarmos um espaço para que possamos conhecer e reconhecer, pensar e repensar nossas práticas educativas nas propostas de atividades com a literatura infantil.
"

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O Girassol (Poesia para Crianças)





O Girassol, de Vinicius de Moraes


Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel.
O girassol é o carrossel das abelhas.
Pretas e vermelhas
Ali ficam elas
Brincando, fedelhas
Nas pétalas amarelas.
— Vamos brincar de carrossel, pessoal?
— "Roda, roda, carrossel
Roda, roda, rodador
Vai rodando, dando mel
Vai rodando, dando flor".







— Marimbondo não pode ir que é bicho mau!
— Besouro é muito pesado!
— Borboleta tem que fingir de borboleta na
entrada!
— Dona Cigarra fica tocando seu realejo!
— "Roda, roda, carrossel
Gira, gira, girassol
Redondinho como o céu
Marelinho como o sol".
E o girassol vai girando dia afora . . .
O girassol é o carrossel das abelhas.








quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Hoje é o meu dia


Hoje é o meu dia,
Autora: Xana, de Portugal



Hoje não me sinto bem , nem mal
não sinto frio , nem calor.
vejo pela janela o trivial,
pessoas a passar,
gatos e cães todos a brincar.
Nada me apetece fazer,
pensar muito menos.
Estou apaixonada,
sinto-me amada,
estou à lareira muito reconfortada.
Há dias assim,
que não se pensa em nada.
Nada está na memória,
não há na vida paz melhor,
do que sentir o próprio calor.
Sei que quem me quer , está perto,
e que logo me abraça.
por isso espero calmamente,
ouvindo o meu coração,
como o batuque duma canção.
Peço desculpa porém,
do meu egoísmo e serenidade.
Hoje é o meu dia,
de não me apetecer,
de nada ler, nada escrever.


Leia mais coisas de Xana em seu blog RETALHOS

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Sempre Drummond


Como fazia tempo que não postava sobre Drummond, meu poeta predileto, aí vai um pedacinho da sua obra:

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)

a cada instante de amor.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Motivos para escrever

Toda pessoa que escreve já foi e vai ser questionada pelos motivos de escrever. E cada escritor tem lá suas explicações.
Segue então a lista de motivos do escritor George Orwell
1. Puro egoísmo.
O desejo de ser engenhoso, de ser comentado, de ser lembrado após a morte, de se desforrar de adultos que o desdenharam na infância e por aí afora. É uma falsidade fazer de conta que este não é um motivo, e um motivo forte. Escritores compartilham esta característica com cientistas, artistas, políticos, advogados, soldados, homens de negócios bem-sucedidos - em suma, toda a camada superior da humanidade. A grande massa de seres humanos não tem um egoísmo agudo. Mais ou menos depois dos trinta, abandonam a ambição individual - em muitos casos, de fato, quase abandonam inteiramente a noção de serem indivíduos - e vivem sobretudo para os outros, ou simplesmente se deixam sufocar pelo trabalho enfadonho. Mas também existe a minoria de pessoas talentosas e obstinadas decididas a viver a vida até o fim, e os escritores pertencem a essa classe. Devo dizer que escritores sérios são, de modo geral, mais vaidosos e egocêntricos do que jornalistas, embora menos interessados em dinheiro.

2. Entusiasmo estético.
A percepção da beleza no mundo externo ou, de outro lado, nas palavras e em seu arranjo correto. Prazer no impacto de um som sobre outro, na firmeza de uma boa prosa ou no ritmo de uma boa história. O desejo de compartilhar uma experiência é valioso e não se deve deixar escapar. O motivo estético é muito débil numa porção de escritores, mas mesmo um panfleteiro ou um escritor de livros didáticos terá palavras e frases prediletas que lhe agradam por razões não utilitárias; ou terá preferências por tipografia, largura de margens e assim por diante. Acima do nível de um guia ferroviário, nenhum livro está inteiramente isento de considerações estéticas.

3. Impulso histórico.
O desejo de ver as coisas como elas são, de encontrar fatos verídicos e guardá-los para o uso da posteridade.

4. Propósito político
A palavra "político" entendida aqui em seu sentido mais amplo. O desejo de lançar o mundo em determinada direção, de mudar as idéias das pessoas sobre o tipo de sociedade que deveriam se esforçar para alcançar. Também neste caso ninguém está verdadeiramente isento de tendências políticas. A opinião de que arte não deveria ter a ver com política é em si mesma uma atitude política.