sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sexta-feira

Carta irônica de protesto a sexta-feira, de BEATRIZ VIEIRA

Publicado em 21/11/08 em COCAL NOTÍCIAS


Um dia pretendo estudar cientificamente o que ocorre no cérebro de alguns indivíduos no sexto dia da semana.
Manifestações que beiram o limite da paciência humana ocorrem em grande parte nesse dia. Alguns místicos associam a sexta a intervenção de acontecimentos “misteriosos” visto que na antiguidade esse era o dia dedicado aos deuses pagãos e mitológicos.
Na Escandinávia, inclusive, há uma lenda que diz que uma deusa chamada Friga (que deu origem a friadagr, sexta-feira), havia sido transformada em uma bruxa exilada no alto de uma montanha quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo. Para vingar-se, ela passou a reunir-se todas as sextas com outras onze bruxas e mais o demônio para rogar pragas sobre os humanos.
Como todos nós, em 2008 nada temos haver com a Friga e seus comparsas, exigimos uma trégua a esses castigos. Ora, viver exilada em uma montanha não é assim tão cruel! Friga poderia estar morando no alto dos morros do Rio de Janeiro, que venhamos é muito mais perigoso que uma nórdica montanha na Escandinávia.
Mas, voltando as padrões do ceticismo, é exatamente na véspera dos descansos imprescindíveis dos finais de semana que as pessoas explodem. Talvez pela expectativa do sábado? Pelo acúmulo de tarefas durante a semana? Pelo atingir de seu limite de paciência?
Enfim, sendo bruxas, stressadinhos ou meros mortais, percebemos é de que nesse dia só queremos que as horas passem o mais rápido possível para ir para casa e sossegar.Por isso, nesse tempo especial da semana é bom estar atento aos riscos de perda do bom humor.
Mas ainda assim, deixo aqui a minha carta de protesto a sexta-feira, ou aqueles que tentam de toda forma estragar esse dia!


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Baú de riquezas

Uma imagem que ilustra bem a intimidade com a leitura.
Cada obra pode se tornar um baú cheio de mágicas, descobertas, surpresas (agradáveis ou não), lembranças.Ou seja: RIQUEZA.

Livro é o baú da felicidade...
(Por favor nada de falar do Silvio Santos, raraii Lombardi)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Manhê, quando crescer quero ser assim



Tenho refletido muito sobre a existência. Somando à alguns filmes e livros que passaram sob minhas vistas nesses últimos tempos, trago aqui algumas figuras interessantes : Fernando Sabino, Cecília Meireles, Drummond, Ghandi e Gaarder. Escolhi sem pensar muito. É certo que muitas outras carinhas poderiam ilustrar muito bem essa postagem. Mas vejamos estes.
Uma vida só, e tantas marcas, tanta herança para mim, para você, para a humanidade. Tantas palavras e sobretudo, para eles como quem fez a tarefa de casa. Foi uma vida...
Pode ser que a diferença entre ele e a merendeira que fez comida à milhares de crianças tenha o mesmo grau de contribuição. Porém, se me coloquei a ser escritora que possa ser a melhor na qualidade, como estes aí.
Dentro da sua atuação, será mesmo que estamos a fazer tudo que podíamos?E trouxe Ghandi de propósito para não pensar em fazer o melhor SOMENTE para si mesmo.
Nosso espelho ou nosso futuro caixão talvez responda a essa pergunta.
*OBS: Ghandi apesar de não ter sido escritor, tem uma história de vida é um livro expetacular.



sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Libertação


“Há muitos tipos de escravidão e muitos tipos de liberdade. Mas saber ler ainda é o caminho da escravidão para a liberdade”.
Carl Sagan


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Essas benditas vírgulas ,,,,,


Para aprender um pouco de tudo.Inclusive pontuação para nossos textos, aí vão algumas informações úteis sobre a VÍRGULA:

Proibição 1
Jamais se separa por vírgula o sujeito (sublinhado nos exemplos abaixo) do predicado verbal, mesmo que o núcleo, modificado por adjuntos, esteja distante do verbo.

Para descobrir o sujeito pergunta-se ao verbo: o que ou quem.

O consultório daquele cirurgião plástico açougueiro no extremo oposto de minha rua foi fechado pela polícia.
1. O que foi fechado? Sujeito: o consultório (núcleo do sujeito).
O padre procurado pela justiça e o filho dele mantinham a igreja caça-níqueis em funcionamento.
2. Quem mantinha a igreja caça-níqueis? Sujeito: o padre e o filhote (sujeito composto por dois núcleos).
Muito melhor do que cassar aquele político seria forçá-lo a devolver o dobro do que afanou.
3. O que seria melhor do que cassá-lo? Sujeito: forçá-lo a devolver a bufunfa em dobro.

Proibição 2

A vírgula jamais deve separar o verbo de seus complementos (grifados)
- O Luís come empadinhas engorduradas (compl.) todos os dias.
- O Edgar gostou muito daquela garota robusta. (compl.)
- Elas responderam a eles (compl.) que não voltariam (compl.)
- À mulher e aos filhos (compl.) ele disse que não voltaria mais (compl.).
- Deu aos senadores (compl.) a garantia de que não os denunciaria (compl.).

Com aposto
Usa-se vírgula com aposto explicativo (grifado). O aposto explica ou especifica um termo da frase. Pode ser nome próprio ou não; quando explicativo, é seguido de vírgula se começar a frase; no meio do texto, vem entre vírgulas.

- Aposto explicativo (grifado):

Grande poeta popular, Vinícius deixou obra extensa.
Tímido e introvertido, Luiz Fernando Verissimo escreve com leveza e bom humor.
Luciano Pavarotti, grande tenor italiano, morreu em 2007.

- O aposto especificativo (grifado) rejeita vírgulas:
O presidente Lula apoiou o pacote;
Avenida São João;
Rua Breves.

Ao interromper
Usa-se virgula em interrupções de frase, intercalações ou termos explicativos (grifados)
- Ela, muito surpresa, concordou com ele.
- A decisão do Senado, supõe-se, será uma glória.
- Aquele senador, um cadáver político, usará todos os recursos, até inimagináveis, para se salvar.

Artigo A vírgula pela fechadura, de Josué Machado



VIDA DE ESCRITOR É DESTINADA AO APRENDIZADO SEMPRE!!!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Cartas...


Estou lendo

SOBRE O LIVRO E O ESCREVER , de DELMINO GRITTI

E achei esse belo poema sobre cartas:


Os Carteiros , Roseana Murray


Abrir uma carta,
o coração batendo
é precioso ritual.
O que terá dentro ?
Um convite,um aviso,
uma palavra de amor
que atravessou oceanos
para sussurrar em meu ouvido ?

São como conchas as cartas
guardam o barulho do mar,
o ar das montanhas
para mim os carteiros são quase segrados
unicórnios ou magos
no meio dessa vida barulhenta.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Biblioteca!


Encontrei esse texto riquíssimo no BLOG LER E ESCREVER e não me contive:

Fonte:Zero Hora, Porto Alegre, RS, 5 de novembro de 2008
Autor: Luiz Antônio de Assis Brasil

UMA BIBLIOTECA

Uma biblioteca não é apenas um lugar em que ficam os livros. Uma biblioteca é um lugar que nos pega por todos os sentidos. Os livros nas estantes, sábios numa assembléia, estão ali, olhando-nos sem curiosidade: eles têm séculos de existência à nossa frente, eles sabem de onde viemos e para onde vamos.

Uma biblioteca não terá fim. Bibliotecas são para sempre. Ali se respira o ar do tempo que, em seu lento evoluir, cria romances, novelas, contos, tratados, compêndios, ensaios, artigos, poemas, dicionários, enciclopédias, e também jornais, revistas.

Uma biblioteca tem o cheiro do tempo. As páginas, amarelecendo como se estivessem num perpétuo outono, possuem um perfume que só os iniciados conhecem.

Ao olharmos à distância para uma estante de biblioteca, não distinguiremos os nomes dos autores, nem os títulos dos livros. Todos os livros parecem iguais. Enquanto não nos aproximarmos, eles irão manter-se numa velada promessa. Isso é bom; isso incita à aproximação. Esse zoom que fazemos com ansiosa expectativa, ao chegar perto das lombadas, revela-nos os títulos, os nomes, numa descoberta caprichosa, quase solene e, ao mesmo tempo, íntima. É como uma descoberta do mundo.

Ao levarmos a mão a um livro, ele se torna nosso. Mesmo que saibamos que ele já foi muito manuseado e que depois passará a outras mãos, naquele instante único ele é nosso. Só nós temos o direito de lê-lo. Na leitura silenciosa não há partilha. É um bem-vindo egoísmo, uma luxúria do espírito.

Mas há novidades neste mundo tão antigo. Depois de quase 500 anos, começam a surgir outras modalidades de uma obra chegar a seu leitor. Como nova geração, chega com algum alarde. Mas nós sabemos, também, que essas novas formas vieram para permanecer entre nós. Ótimo: são muito bem-vindas. Seus lugares já estão escolhidos: serão numa biblioteca. Ali conviverão em diálogo com as gerações mais velhas. Ali receberão o cuidado dos bibliotecários. Ali, esses generosos e eficientes funcionários saberão dar a palavra certa ao leitor. Ser bibliotecário é mais do que assumir uma profissão: é entender o mundo como uma ordem. Bibliotecários instauram o Cosmo em meio ao Caos.

Assim, inaugurar uma biblioteca é dar um sentido a tudo o que o ser humano fez nesta longa trajetória sobre a Terra. Sem nenhum drama nem exagero podemos dizer: inaugurar uma biblioteca é um ato para a eternidade.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Dica de documentário

Se puder, veja esse documentário a respeito de acontecimentos do século XX. Sem narrador, com imagens de arquivos, na minha visão é uma obra indispensável para entender nossa história.

O YOUTUBE também disponibiliza o filme em oito partes.
Veja um trecho aqui: Nós que aqui estamos, por vós esperamos