terça-feira, 29 de setembro de 2009

Coisas simples

Essa é a janela do meu quarto.
Uma visão de árvores e barulho de mato com passarinhos.
Um silêncio para dormir , um sossego para minha vida.

Valorizar as coisas raras para viver melhor!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Desenho animado ?

Desenhos & desenhos


O conhecido episódio 38 da série, "Denno Senshi Porigon" ou "O soldado elétrico Porygon", que deixou Pokemon famoso no mundo inteiro após sua exibição (embora negativamente), foi banido inclusive no próprio Japão.

Ash e seus amigos, estão com um Porygon em uma espécie de espaço cibernético e Pikachu usa o Choque do Trovão para explodir alguns mísseis. Para fazer a explosão juntamente com o Choque do Trovão, foi usado por diversas vezes um efeito em que a tela piscava em vermelho e azul a uma freqüência de 12 Hz durante 4 segundos.

Vários telespectadores passaram mal, tiveram visão manchada, dores de cabeça, tonturas e náuseas. E centenas de pessoas (375 meninos e 310 meninas) tiveram ataques epiléticos, convulsões e perda de consciência. Uma das crianças ficou internada em um hospital por cerca de três semanas. Porygon nunca mais apareceu no anime, somente no "Quem é esse Pokémon?" do episódio número 39, nos jogos e nos filmes .

O episódio continua banido, porém ainda é considerado o mais popular episódio da série no Japão devido ao ocorrido.
Fonte: Wikipedia
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Comentários:
Pode ser que pensem: "Lá vai mais um publicar essa onda de mensagens subliminares e fazer especulações fantásticas sobre essa notícia", que já é bem antiga.
Mas não! Meu intuito é trazer uma proposta de reflexão sobre os conteúdos que estão sendo divulgados para crianças. Também não sou adepta de ver maldades em todos os desenhos animados, histórias infantis, etc.But...
Nesse caso do Pokemon, que ocorreu a vários anos atrás fica bem claro que a audiência era mais importante para o criador da série japonesa, do que a diversão (e porque não dizer a saúde?) dos seus expectadores.
Pense nisso!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Literatura: um comércio a parte

O comércio da literatura
Beatriz Vieira
Fonte: OLHAR ALTERNATIVO - Setembro/2009
Por mais que os artistas da escrita sem empenhem para representar a arte como algo intocável é impossível não admitir que os livros são objeto de consumo (muito menos do que devia, mas...).

No aspecto comercial, uma obra é vista como mais um produto que deve obter lucro. Com essa ideia é que se explica a escolha de muitas editoras nas publicações. Clássicos vendem mais e por isso são tão reeditados. Escritores que vendem milhões normalmente publicam um ou mais livro ao ano. Não é estranho? Ter tanta criatividade em tão pouco tempo? Não é um plano de sabotagem com os bons escritores: é só uma oportunidade sendo aproveitada pelo mercado editorial.

Artigo completo: OLHAR ALTERNATIVO

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A última dança

Eu admirava Patrick Swayze... E em tantos filmes, o que mais vi foi esse:

Por isso um adeus e a última dança

quinta-feira, 10 de setembro de 2009


Escrever para crianças
A boa literatura infantil pensa e vê o mundo como a garotada, mas controla a narrativa como um adulto, por Braulio Tavares

Para Michel Ocelot, diretor de Azur e Asmar, uma história infantil deve evitar ser feita "para crianças"Literatura infantil é uma das formas mais difíceis de escrita, pela razão de que é feita por adultos, e a maioria deles não tem a menor ideia de como uma criança pensa. É natural. Tornar-se adulto significa fazer em si próprio uma lavagem cerebral para absorver normas de comportamento, linguagem, convivência social, escolarização etc., além de tentar eliminar da memória a mistura de paraíso e pesadelo que é ser criança num mundo que pertence aos adultos. A maioria das pessoas "adultece" de maneira tão eficaz que às vezes precisa de muitas horas no divã para poder recuperar lembranças, emoções e vivências do seu tempo de criança. A mente adulta é uma couraça protetora que, uma vez construída, não se rompe com facilidade, para o nosso bem e para o nosso mal.Nunca sabemos ao certo do que é que criança gosta. No Brasil, onde a literatura infantil sustenta centenas de pais e mães de família, a toda hora tem alguém batendo com a mão na testa, exclamando "eureka", e publicando um livro infantil com uma Grande Ideia. A maioria dá com os burros n'água, porque naquele ano as crianças estão querendo outra coisa. Qual? Ninguém sabe, nem J. K. Rowling, de Harry Potter. Ela nunca imaginou que iria vender tanto. Ou melhor, imaginou, sim, porque todo escritor, quando publica um livro, imagina que vai fazer um sucesso estrondoso. Quantos acertam?

Lucidez
É preciso pensar como criança, contar a história do ponto de vista dela, e manter estilo e narrativa sob controle de adulto. Alguns perdem esse controle. Passam a raciocinar como crianças e não autores, o que torna os livros infantiloides. Outros evitam isso indo na direção oposta - distanciam-se da criança e contam as aventuras "de cima", com olhar paternalista, cheio de ideologia. Uma das coisas mais inteligentes e perceptivas sobre a narrativa infantil foi dita há pouco pelo francês Michel Ocelot, diretor dos longas Kiriku e a Feiticeira (1998) e Azur e Asmar (2006). Perguntado sobre como fazer um filme para crianças, Ocelot, que veio ao Brasil para o Anima Mundi, respondeu: "Há só uma regra para fazer filmes para crianças: nunca fazer um filme para crianças. Um filme feito com a preocupação de que tudo seja compreendido por crianças não é apenas um filme ruim, mas é uma atitude equivocada. O trabalho de uma criança deve ser aprender, aprender e aprender mais. Para ela, quase tudo o que aparece na sua vida é novidade, e não compreender as coisas faz parte de seu cotidiano. A criança não se afasta completamente de uma história por não a ter entendido. Entre as novidades que surgem, haverá detalhes que ela compreenderá, porque sua mente é muito esperta e ativa. Há coisas que ela adivinha. E há coisas, claro, que ela não entende mesmo, mas que guarda estocadas no cérebro para usar no futuro".Isto é de lucidez notável. A criança aceita não entender uma coisa; é parte do seu cotidiano. Se na história que lê existir luz, ela aceitará que existam zonas de sombra. E essas zonas de sombra existem em mais de um sentido. Nossa memória afetiva é incrustada de elementos que ali se fixam antes de adquirirmos um senso crítico ou um filtro racional para escolher o que nos convém ou não.

Fórmulas
Na infância lemos, vemos ou ouvimos coisas que não entendemos por completo, mas que se fixam na memória pela repetição, ou por estarem associadas a eventos deslumbrantes, terríveis ou inesperados. Tornam-se fórmulas que valem não pelo que dizem, mas pela teia de referências emocionais e de conexões mentais que arrastam consigo. Vejam o caso das cantigas infantis, parlendas, brincadeiras rimadas. Cantigas, bem como contos de fadas, têm raízes remotas na memória social dos povos, e não são tão inocentes quanto gostaríamos. Falam de madrastas cruéis, de crianças enterradas vivas, perdidas na floresta... Uma cantiga inglesa de jardim-da-infância diz: "Ring a ring of roses, a pocketfull of posies, atishoo, atishoo, all fall down." Diz a tradição que os versos se referem à Peste Negra: o círculo de manchas vermelhas em volta da boca, os bolsos cheios de flores, os espirros, a morte. Por que as crianças cantam isto? Porque houve uma época em que não se falava em outra coisa, e as crianças faziam o mesmo em suas brincadeiras.Versos aparentemente inocentes podem ser resíduos de experiências terríveis do passado, de épocas de enorme mortalidade infantil ou de extrema crueldade com crianças.
Incorretas
As cantigas não são politicamente corretas; não foram concebidas por comitê de assistentes sociais. Nasceram, como toda poesia popular, da necessidade de falar sobre experiências-limite, sobre o que, no momento e lugar em que acontece, parece a coisa mais importante do mundo. Crescem pela lenta acreção de imagens e situações, ao longo de um ciclo em que crianças recebem essas fórmulas mágicas, e as passam adiante na velhice. Outra parte da literatura infantil é didática, cheia de bons exemplos e lições de comportamento e princípios. Mas nem toda literatura serve só para educar. A literatura é também uma experiência de dizer o indizível, de controlar o impensável. Ela se faz também com os medos, as dúvidas, os desejos proibidos e os impulsos perigosos que todos, adultos ou crianças, trazem dentro de si. E uma parte da literatura infantil ou juvenil lida com essa zona de inquietação e de experimentações com o perigo. São experiências sob controle, porque se dão apenas no âmbito da leitura; mas são experiências inesquecíveis e marcantes.