sexta-feira, 30 de março de 2007

Eu prefiro as coisas simples



Eu gosto de molhar meus pés na água do mar,
Do barulho da chuva
Gosto da minha cama quentinha
Das coisas mais simples da vida

Adoro dar risada com minhas amigas
Gosto de cantar... mesmo que não tenha ritmo,
Ou mal saiba a letra.

Gosto de dar carinho
Receber beijinhos
Gosto de falar calmo
De tudo tranqüilo

Gosto de bons livros
De viagens com os amigos
De ficar sozinha em silêncio
Gosto de muitas outras coisas...

Mas enfim, gosto da vida assim...
Poesia também pode ser feita de palavras comuns
Obter felicidade também pode ser com coisas simples

terça-feira, 27 de março de 2007

Máscaras

Todo dia pedem um sorriso
Pedem que sejamos a pessoa mais feliz da cidade

Porque pessoas que pensam,
Que não falam o que está programado
São sérias demais, são chatas, não é mesmo?
Querem todos um sorriso amarelo e uma aparência de “está tudo bem”

Porque a hipocrisia é disfarçada,
Mesmo com a mentira deslavada
As criaturas foscas vão andando pelas ruas
Com seu nariz empinado e suas dívidas esquecidas

Fama de loucos e coitadas,
Seguem em frente
Com sua burrice a tiracolo
Olhar sujo da imundície da rua.
Uma notinha no jornal
Uma voltinha naquele carrão
Pobre alma...

Hipocrisia, que nojo!

domingo, 25 de março de 2007

O QUE SERÁ DE MIM?

Se tantas coisas que lhe imploro
Sem querer desaparecem
O que será de minhas falas?
Que se ausentam sem você

O que será de mim?
Se tua partida me faz alma ferida,
Se tua distância traz-me desalento

O que serão de meus poemas?
Quando as escritas forem melancólicas e vazias,
Linhas tristes já se fazem presente.
Acompanhadas de sinceras lágrimas,
E você sendo ausente...

O que será de mim?
Se assim, a inspiração também se retirar.
Pior, ainda.
Que será de meus olhos que não encontrarão mais o teu olhar?

"AO SOM DO TEU NOME" - Beatriz Vieira (eu)

sexta-feira, 23 de março de 2007

“Peço-lhe que tente ter amor pelas próprias perguntas, como quartos fechados e como livros escritos em uma língua estrangeira. Não investigue agora as respostas que não lhe podem ser dadas, porque não poderia vive-las. Viva agora as perguntas. Talvez passe, gradativamente, em um belo dia, sem perceber, a viver as respostas. (...) Aceite com grande confiança o que vier, e se vier apenas de sua vontade, se for proveniente de qualquer necessidade de seu íntimo, aceite-o e não o odeie”.RILKE, Cartas a um jovem poeta, pag 43.

terça-feira, 20 de março de 2007

Silêncio


Fotógrafo: Robert Kohlhuber ______________________
Esse silêncio que habita em mim,
E que avança por todos os lados.
É meu remédio
É minha lágrima

A parte estranha de minha personalidade necessita do completo silêncio.
Porque ali habitam pensamentos que dançam na minha mente, e assim.. com a ausência do ruído consigo entendê-los.
Como uma mensagem cantada pelas ondas...
Eu preciso prestar atenção para compreendê-las
Parece que elas estão vindo de outro mundo
E preciso codificá-las
E elas são profundas
Que muitas vezes ultrapassam meu próprio entendimento.

Isso não é lúdico, isso é verdade que ocorre...
Isso não é poesia, é depoimento

sábado, 17 de março de 2007


Desconhecendo totalmente os mistérios do homem, atrevo-me a escrever acerca dos frutos que a árvore da ira produz no ser humano.
É assim como moléstia da alma, que vai corroendo as entranhas, de todo sangue que corre nas veias. É como uma louça suja, uma meia furada. É um sentimento que lateja... desconfortável e só.
O desfalecer da ira traz a insônia, faz o olhar ficar cinza na manhã de sábado, faz você se irritar com um pequeno bichano e odiar aqueles que falam com voz branda.
A ira produz tantos frutos que é fácil entender o “mundo” dos rebeldes. Com uma elevação tão rápida deste cronômetro negro, a única coisa que resta seria mesmo quebrar vidraças, rasgar fotos e lançar ofensas ao vento.
Contudo, se não fosse a magnitude dos bons valores, a ira se perderia como raiz de toda mágoa e, seria antes de mais nada, irremediável.
Mas como toda boa exceção, a ira tem sim um antídoto. Para ter uma visão mais lúdica, melhor dizer que há uma poção, uma fórmula mágica... que por ser tão inadequada aos esteriótipos da sociedade soberba se torna um produto raro e digno de uma boa lenda sobre a busca do tesouro perdido, a cura.
Nos é ensinado que certas regras não devem ser quebradas. Qualquer bom cinéfilo assina embaixo quando se trata de lições em que o mocinho sai sempre em vantagem no final da história. A vingança a todos é incitada de várias maneiras pois para erros não há volta, e para maldades deve ter um troco.
E discretamente vamos absorvendo que para ira não há perdão, não há tolerância. Independente da compreensão que a causou, o sentimento de raiva contra um, uns e umas é visto como natural. Acordemos!

sexta-feira, 16 de março de 2007

Música nossa de cada dia

Parece até um alimento que nos sacia...
Pode começar com um pezinho batendo ou um balançar de ombros.
Música sempre!!

Quantas nos fizeram dançar ...
E em nosso quarto : repeat, repeat, repeat
Quantas nos fizeram chorar ...
Lógico... parente da poesia, ela quebra com nossos alicerces
Quantas nem sabemos a letra.Cantamos errado mesmo.. nem importa...

Quantas são aquelas que dizemos.. essa é a minha música com fulano ou beltrano. Tem gente que o repertório é imenso...

Mas como essas músicas mudam nosso humor, são consolo, revolta, desabafo, diversão, arte, beleza de letra e melodia...Nem me atrevo a falar muito... porque não é meu departamento..
Mas que é bom demais essa trilha sonora ao fundo de boas lembranças ...isso com certeza

E afinal , qual música de minha vida ?

quinta-feira, 15 de março de 2007


Percebo a contagem do relógio de minha vida marcando cada dia
E tenho pressa de viver...
De conhecer mais, de viajar mais, de ler mais, de amar mais
Porque anseio ter boas lembranças

As minhas cicatrizes serão de lições e não de erros repetitivos.
Serão de crescimento e não de tropeços,
Serão de entendimento e não de inconsistências

Porque em silêncio entendo minha força
E revitalizo minha mente.

Sempre vou desejar a constante evolução porque a zona de conforto para mim é demasiadamente irritante e monótona.

Eu quero novos vôos para ter novas visões daquilo que desconheço...
Só assim poderei vivenciar e escrever dias bem aproveitados dessa vida.