Abraço não dói

Começo com uma historinha sobre um moço chamado Eduardo. Em um voo para Floripa, esse moço sentou do meu lado e pediu que eu conversasse com ele durante a decolagem. Ok, comecei a perguntar várias coisas e  já engatamos uma conversa sobre educação dos filhos. Depois de alguns minutos,  começamos a sentir uma turbulência forte e ele confessou que precisava conversar para distrair pois tinha fobia de avião. Percebi o pânico dele ao cravar as mãos na poltrona. Me comovi com aquela situação e ofereci minha mão para ele segurar.Ele respirou aliviado e quase esmagou meus dedinhos...Após a aterrisagem, ele me deu um respeitoso abraço de agradecimento e se foi.

Estar disponível para ouvir, dar a mão, ou um abraço não machuca, não dói...Ao contrário, nos faz sentir mais leves. Afeto e carinho não tem contra indicação. E faz tão bem.

Isso faz parte de uma necessidade do ser humano: entrar em intimidade com o outro. Estar próximo, se doar um pouco, deixar as nossas vontades de lado e ser gentil. Não estou falando em segundas intenções, pois como na história acima não existe nenhum olhar de malícia. É só uma questão de generosidade com um outro ser humano...