terça-feira, 4 de agosto de 2009

Literatura : escolhas ...

Grandes escritores que abraçaram causas equivocadas não comprometeram sua habilidade de brilhar nas letras.
Li essa matéria e achei interessante compartilhar :
Literatura engajada (por Leandro Sarmatz)
Grandes escritores sempre lutaram por justiça, igualdade e liberdade, certo? Nem todos. Alguns dos maiores nomes da literatura do século 20 abraçaram a causa errada e escolheram o lado escuro da força
Fonte: Superinteressante

O francês Louis-Ferdinand Céline, um dos maiores mestres do romance contemporâneo, era nazista. O americano Ezra Pound, modernista que redefiniu o conceito de poesia, era fascista. Jorge Luis Borges, o primeiro latino-americano a influenciar europeus e americanos, apoiou ditaduras militares em seu país, a Argentina, e no Chile do general Pinochet. Jorge Amado, durante décadas o principal nome da literatura brasileira, louvou o sanguinário líder soviético Josef Stálin (e antes disso foi redator do jornal nazista Meio-Dia).

Estranho? Para a maioria das pessoas, escritores são caras com mentes privilegiadas e cadeira cativa na Liga da Justiça. Em seus livros defendem minorias, invocam os princípios democráticos e lutam – com unhas, dentes e estilo – pela liberdade de expressão. Mas no turbulento século 20, em que as idéias estavam em ebulição, muitos deles foram colocados à prova. Alguns passaram no teste com galhardia, seguindo o exemplo do francês Émile Zola, que tomou o partido do capitão Dreyfuss em meio a uma conspiração anti-semita na França no século 19. Gente como o dramaturgo irlandês Samuel Beckett, que conjurou contra a ocupação nazista em Paris durante a Segunda Guerra. Ou o filósofo Jean-Paul Sartre, que pregou o fim do colonialismo europeu na África, nos anos 60. Causas justíssimas das quais ninguém teria coragem (ou cara-de-pau) de subtrair uma vírgula.

Mas há outros cujas escolhas políticas e ideológicas parecem contradizer a noção do escritor como “campeão da justiça”. E abraçaram causas equivocadas e infames. Deram apoio a duvidosos líderes políticos. Justificaram regimes genocidas e ajudaram a sustentar estados autoritários. Foram, sob certo ponto de vista, escroques consumados.

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3 comentários:

  1. Oi querida! Como vai? Saudade. Interessante a matéria. Beijos

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  2. Aristóteles descrevia alguns bons motivos para a manutenção da escravidão...o escritor também é fruto de uma época, quer em relação a si mesmo, quer em relação ao mundo em que teve ou tem existência. Consciente de que somos mortais, não me convém mais levar as coisas com severidade (seriedade) demasiada. A roda do mundo continua a girar, amanhã tem contas do gás e da luz, hoje faz frio, João fuma crack, Pedro passou num concurso público, Sarney é senador da República, Mandela está bem velhinho, Maria casa e Rosa divorcia no mesmo dia. No futuro, todos estaremos mortos.

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  3. Adorei a matéria. Curiosa por sinal. E alguns agrediam suas amadas...

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