sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A experiência da cegueira

Falar é fácil. Essa foi a primeira frase que ouvi da professora de Didática na aula de ontem.
Nossa experiência foi de formar um grupo onde um componente estaria sem visão (de olhos fechados), outro sem falar e outro sem mexer os braços para compreendermos as dificuldades de um aluno com deficiência.
Eu fiquei com a cegueira e tivemos outro desafio: ler conceitos de didática, montar um slide e apresentar para o grande grupo nossas conclusões.
Então, cada barulhinho era uma bússola para mim. Reconhecia os colegas pela voz, precisei da ajuda deles para me locomover pela sala. Chamava a atenção para que descrevessem as imagens apresentadas. E palavras como ali, lá não me diziam nada.E a maior de todas as dificuldades: memorizar sem uma imagem como base. Eu, que tenho memória visual muito aguçada, agonizei para gravar minhas falas para apresentação.
Confesso que mudei meu conceito sobre a maneira de tratar um deficiente visual, e principalmente de saber que o dia que eu estiver lecionando terei mais sensibilidade e compreensão com um aluno portador dessa deficiência.
É isso. Se puderem fazer essa experiência durante só 2horas do seu dia, poderá aprender algo.

Um comentário:

  1. Gostei de a ler. Conheço alguns invisuais (não de nascença) cujo esforço de (re)adpatação me impressiona.
    Cheguei aqui pela pesquisa de cartas, porque ando a escrevê-las.
    Um abraço
    M.

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