segunda-feira, 9 de março de 2009

Sempre Drummond


Soneto da perdida esperança

Perdi o bonde e a esperança.
Volto pálido para casa.
A rua é inútil e nenhum auto
passaria sobre meu corpo.

Vou subir a ladeira lenta
em que os caminhos se fundem.
Todos eles conduzem ao
princípio do drama e da flora.

Não sei se estou sofrendo
ou se é alguém que se diverte
por que não? na noite escassa

com um insolúvel flautim.
Entretanto há muito tempo
nós gritamos: sim! ao eterno.
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2 comentários:

  1. Como é bom ler Drummond!
    Estive de molho na cama, acompanhada por um livro dele. Bem acompanhada. Não entendo porque há tantos que não gostam dele.
    Saudades, Beatriz!

    Beijos

    Mirze

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  2. Passei pra eixar um bju!!!

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