sábado, 17 de março de 2007


Desconhecendo totalmente os mistérios do homem, atrevo-me a escrever acerca dos frutos que a árvore da ira produz no ser humano.
É assim como moléstia da alma, que vai corroendo as entranhas, de todo sangue que corre nas veias. É como uma louça suja, uma meia furada. É um sentimento que lateja... desconfortável e só.
O desfalecer da ira traz a insônia, faz o olhar ficar cinza na manhã de sábado, faz você se irritar com um pequeno bichano e odiar aqueles que falam com voz branda.
A ira produz tantos frutos que é fácil entender o “mundo” dos rebeldes. Com uma elevação tão rápida deste cronômetro negro, a única coisa que resta seria mesmo quebrar vidraças, rasgar fotos e lançar ofensas ao vento.
Contudo, se não fosse a magnitude dos bons valores, a ira se perderia como raiz de toda mágoa e, seria antes de mais nada, irremediável.
Mas como toda boa exceção, a ira tem sim um antídoto. Para ter uma visão mais lúdica, melhor dizer que há uma poção, uma fórmula mágica... que por ser tão inadequada aos esteriótipos da sociedade soberba se torna um produto raro e digno de uma boa lenda sobre a busca do tesouro perdido, a cura.
Nos é ensinado que certas regras não devem ser quebradas. Qualquer bom cinéfilo assina embaixo quando se trata de lições em que o mocinho sai sempre em vantagem no final da história. A vingança a todos é incitada de várias maneiras pois para erros não há volta, e para maldades deve ter um troco.
E discretamente vamos absorvendo que para ira não há perdão, não há tolerância. Independente da compreensão que a causou, o sentimento de raiva contra um, uns e umas é visto como natural. Acordemos!

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