Sua coletânea editada pela Nova Aguilar(2006) é meu livro de cabeceira.
Em cada leitura ,tenho a impressão de estabelecer um diálogo com esse meu "mestre da poesia".
Abaixo segue uma de suas falas, que demonstram sua simplicidade e percepção em relação à vida . O trecho faz parte da última entrevista cedida por Drummond. O felizardo foi jornalista Geneton Moares Neto do Jornal do Brasil em agosto/1987 :
"A beleza ainda me emociona muito. Não só a beleza física, mas a beleza natural. Hoje, com quase oitenta e cinco anos, tenho uma visão da natureza muito mais rica do que eu tinha quando era jovem. Eu reparava mais em certas formas de beleza. Mas, hoje, a natureza, para mim, é um repertório surpreendente de coisas magníficas e coisas belas. Contemplar o vôo do pássaro, contemplar uma pomba ou uma rolinha que pousa na minha janela...
Fico estático vendo a maravilha que é aquele bichinho que voou para cima de mim, à procura de comida ou de nem sei o quê. A inter-relação dos seres vivos e a integração dos seres vivos no meio natural, para mim, é uma coisa que considero sublime."
Entrevista na íntegra na obra:
O Dossiê Drummond/ A Última entrevista do Poeta (1994)
Me identifiquei com Drummond...não sou poeta,na verdade nem escrevo bem. Mas amo a natureza e quando estou em contato com ela sinto Deus mais perto ainda!!!
ResponderExcluirPoderia ficar horas falando da delicadeza de um pássaro, do cheiro de mato, da beleza misteriosa de um felino...
Eu sempre fui fã de passarinhos. Eles são poéticos na forma, na cor, no movimento, no canto...quando eu era menino amava esses bichinhos e saía com arapucas para capturá-los vivos para a minha coleção de ilustres cantores alados. Também matei alguns com baladeiras, em meus dias de aventuras Huckleberry Finn ou Tom Sawyer. Menino mau!
ResponderExcluirMas naquela época eu não sabia ainda das pedras nos caminhos, no horizonte de minhas retinas tão imaturas. Beatriz, você é bonita! Seu poema das fadinhas dá uma sensação de que essas criaturinhas podem pregar peças, não? Ah, prefiro pensar que não: elas tecem as flores e brincam nos jardins de nossa infância. Salve as fadinhas, linda Flor.